Exorcizar o fantasma
- Rosa Miranda

- 26 de jul. de 2018
- 2 min de leitura

Alto índice de abstenções nas urnas, abuso de poder econômico, uso da máquina pública nas campanhas. Nenhum desses já conhecidos “fantasmas” que costumam aparecer em época de eleições tem assombrado tanto candidatos, especialistas e juízes quanto o das fake news. Mais que apenas um termo da moda, as notícias falsas – antes também chamadas eufemisticamente de pós-verdades – podem comprometer uma eleição, ou mesmo contribuir para adulterar artificialmente seu resultado.
A preocupação com o abuso de táticas de desinformação na campanha levou a Fundação Getúlio Vargas (FGV) a montar um departamento estratégico, apelidado de Sala da Democracia Digital. Trata-se de um bunker que vai observar e vigiar a propaganda e o discurso dos candidatos ao longo de toda a campanha, denunciando conteúdos falsos, alardes ou até calúnias divulgados na mídia que possam influenciar no andamento da disputa.
O centro de operações da FGV está funcionando desde a quarta-feira (26), no Rio de Janeiro, sob o comando da Diretoria de Análise de Políticas Públicas. Os quase 40 pesquisadores vão analisar e denunciar aos órgãos de fiscalização da eleição tentativas de amplificação artificial de conteúdo eleitoral, manipulação de informações por meio de robôs nas redes sociais e a divulgação de fake news, a boataria online.
O projeto conta com a parceria de veículos de comunicação como a CBN Brasil, jornal O Estado de S. Paulo, a agência de fact-checking Lupa e o portal digital Nexo Jornal. Durante a campanha, a equipe da Sala da Democracia também vai analisar a percepção do eleitorado sobre a agenda de políticas públicas e o debate econômico entre os candidatos. Serão divulgados relatórios diários do trabalho, colocados à disposição no aplicativo #observa2018.
Matéria original no site sergiomontenegro.com.br, disponível aqui.





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